O bombardeamento na quarta-feira de um teatro de Mariupol por tropas russas, segundo Kiev, provocou pelo menos um ferido grave mas sem registo, até ao momento, de mortos, indicou esta sexta-feira o conselho municipal da cidade num primeiro balanço.
“Segundo informações preliminares, não existem mortos. Mas há informações sobre uma pessoa gravemente ferida” indicou na rede Telegram o conselho municipal desta cidade do sudeste da Ucrânia.
“A remoção dos escombros prossegue e as informações sobre as vítimas serão completadas”, precisou o conselho.
No momento do ataque, “até mil pessoas”, sobretudo “mulheres, crianças e idosos”, encontravam-se no edifício, segundo a mesma fonte.
Na quarta-feira, as autoridades ucranianas acusaram a aviação russa de ter bombardeado “intencionalmente” este teatro de Mariupol, onde estavam refugiados centenas de habitantes.
RÚSSIA NEGA ACUSAÇÕES
A Rússia desmentiu e atribuiu a ação ao batalhão Azov, o regimento neonazi incorporado na Guarda Nacional ucraniana, com o objetivo de suscitar uma nova reação internacional.
Desde segunda-feira que estava escrita no pavimento à frente e na retaguarda ao teatro a palavra “Criança” em maiúsculas e em russo, segundo imagens divulgadas pela empresa de tecnologia espacial Maxar.
Na quinta-feira, o município de Mariupol referiu-se a uma situação “crítica” na cidade devido a bombardeamentos “ininterruptos” e destruições “colossais”. As primeiras estimativas indicam a destruição de 80% do parque habitacional.
O exército russo anunciou esta sexta-feira que os combates estão a decorrer no centro da cidade deste estratégico porto do mar de Azov.