Guerra Rússia-Ucrânia

“Projeto europeu é um alvo”: Zelensky considera que agressão russa não se limita à Ucrânia

“É por isso que não é apenas dever moral de todas as democracias, de todas as forças europeias, apoiar o desejo de paz na Ucrânia”, disse o Presidente ucraniano

“Projeto europeu é um alvo”: Zelensky considera que agressão russa não se limita à Ucrânia

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considera que a Rússia está a atacar toda a Europa com a agressão ao seu país, ressalvando que impedir a invasão da Ucrânia é essencial para a segurança de todas as democracias.

No seu discurso aos ucranianos, na noite de sábado, Volodymyr Zelensky afirmou que a agressão russa “não se destinava a ser limitada apenas à Ucrânia” e que “todo o projeto europeu é um alvo para a Rússia”.

“É por isso que não é apenas dever moral de todas as democracias, de todas as forças europeias, apoiar o desejo de paz na Ucrânia”, disse, sublinhando que “isto é, na realidade, a estratégia de defesa para todos os Estados civilizados”.

O discurso do Presidente da Ucrânia foi divulgado enquanto, na zona leste do país, civis continuavam a fugir perante a iminência de um ataque russo e os bombeiros procuravam sobreviventes numa cidade no norte do país, de onde as forças russas saíram.

Nesta intervenção, Zelensky agradeceu ainda aos primeiros-ministros do Reino Unido e da Áustria pelas suas visitas, este sábado, a Kiev e por promessas de mais apoio.

“Ninguém quer negociar com quem tortura uma Nação, mas não podemos perder a oportunidade de uma solução diplomática”

Numa entrevista exclusiva à Associated Press, o Presidente ucraniano afirma que, ainda que compreenda que nem toda a gente fique satisfeita com “qualquer tipo de paz, sob qualquer condição”, é necessário colocar as emoções de lado e procurar uma solução diplomática para a guerra. 

Volodymyr Zelensky diz ainda acreditar que se a Ucrânia fosse membro da NATO, a Rússia nunca teria invadido o país ou a guerra ter-se-ia desenrolado “de forma diferente”, já que a Ucrânia poderia contar com o “ombro amigo” dos países vizinhos. 

Saiba mais: