A polémica em torno do gabinete de apoio ao refugiado da Câmara de Setúbal começou com queixas por parte de ucranianos que foram recebidos por russos. Em Setúbal, terão sido pedidas cópias de documentos pessoais e feitas questões sobre o paradeiro de familiares que ficaram na Ucrânia. Um dos russos que se encontra neste gabinete de apoio tem sido criticado pela embaixada ucraniana por fortes ligações ao Kremlin.
Andriy Zayachkovsky está em Portugal há 22 anos e acompanha de perto a chegada de refugiados da Ucrânia. Afirmou que nos primeiros dias de guerra, só a Setúbal chegavam perto de 40 por dia.
Yulia e Igor Khashin trabalham na embaixada russa, o que “não é normal” estarem a receber refugiados ucranianos.
O russo é um dos líderes da comunidade da Rússia em Portugal e já teve cargos em diversas organizações russas. Juntamente com a mulher, fazem parte de uma associação de imigrantes de países de leste.
O presidente da Associação de Ucranianos em Portugal, Pavlo Sadokha, diz que, no mínimo, a autarquia liderada pelo comunista André Martins deveria afastar os funcionários russos.
No dia em que a notícia é avançada pelo jornal Expresso, o gabinete de apoio aos refugiados de Setúbal está fechado. Questões logísticas foi justificação dada à SIC.
COMUNICADO DA AUTARQUIA
A autarquia de Setúbal esclarece que desde o início da guerra na Ucrânia, tem apoiado os refugiados que chegaram à região.
A Câmara terá questionado o primeiro-ministro, pedindo que se “pronunciasse sobre a veracidade destas declarações” e que irá solicitar ao Ministério da Administração Interna que adote, “de imediato os necessários procedimentos”.
A autarquia “repudia toda a situação” e garante que foram “cumpridos todos os requisitos técnicos”.
O comunicado chegou com cerca de duas horas de atraso, mas minutos antes do comunicado chegar, o presidente da autarquia estava na Câmara Municipal de Setúbal, a gravar uma Promo com a Miss Portugal2022.
SAIBA MAIS
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