O Reino Unido congelou os bens do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, devido à invasão russa da Ucrânia, revelou esta sexta-feira o governo britânico.
O Tesouro britânico divulgou que adicionou as duas figuras russas, à sua lista de entidades e indivíduos alvo de sanções, devido ao papel de “destabilizar a Ucrânia” ou “ameaçar a sua integridade territorial”.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, informou hoje os seus aliados, durante uma reunião de emergência da NATO, que tinha planos “iminentes” para sancionar o chefe de Estado russo e o responsável pela diplomacia.
Estas sanções surgem na sequência de uma série de medidas aplicadas esta semana a oligarcas e bancos russos, entre outras entidades.
Putin e Lavrov têm agora os seus ativos congelados em solo britânico.
Boris Johnson descreveu, perante os aliados da NATO, a ofensiva russa na Ucrânia como um “desastre” e considerou que Vladimir Putin está a desenvolver uma “missão de vingança para derrubar a ordem pós-Guerra Fria”.
O líder do governo britânico também exortou os aliados da Aliança Atlântica a “agirem imediatamente” para excluir a Rússia do sistema bancário Swift, de forma a “infligir o máximo de dor” ao Kremlin, revelou Downing Street.
Johnson transmitiu que o Reino Unido está pronto, se necessário, para aumentar o seu apoio militar no quadro da NATO, após alertar os aliados que as ambições de Putin “podem não parar por aqui”, acrescentou o gabinete do primeiro-ministro britânico.
O Reino Unido, além de sancionar cinco bancos e três oligarcas na terça-feira, impôs na quinta-feira um novo pacote de sanções contra a Rússia, proibindo a companhia aérea Aeroflot de operar em solo britânico e visando ainda o setor bancário, exportações de tecnologias e cinco empresários.