A Rússia assegurou esta sexta-feira ter atingido com mísseis de alta precisão três estações de comboio nas regiões de Donetsk e Kharkiv, destruindo armas e equipamento militar das reservas das tropas ucranianas que chegaram ao Donbass.
Os ataques aéreos ocorreram nas estações ferroviárias de Pokrovsk e Sloviansk – na região de Donetsk, a leste da Ucrânia, e em Barvinkove – na região de Kharkiv, indicou o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.
Na frente sul, Konashenkov assegurou que a Rússia destruiu com mísseis Bastion um outro centro de recrutamento e treino de estrangeiros, situado na localidade de Krasnosilka, a nordeste da cidade de Odessa.
Nas últimas 24 horas, a aviação operacional-tática das Forças Aeroespaciais russas e as forças de mísseis atacaram 81 instalações militares na Ucrânia. O Ministério da Defesa russo acrescentou que, desde o início da ofensiva militar russa na Ucrânia a 24 de fevereiro, as suas forças já destruíram 97 helicópteros, 421 drones, 228 sistemas de mísseis antiaéreos de médio e longo alcance, 2.019 tanques e outros veículos blindados de combate, 233 lança-foguetes múltiplos, 874 canhões de artilharia e morteiros e 1.917 unidades de veículos militares especiais.
Em paralelo, o Ministério da Defesa da Ucrânia já tinha acusado as Forças Armadas russas de terem disparado deliberadamente um míssil sobre a estação ferroviária de Kramatorsk, região de Donetsk, onde se encontravam centenas de pessoas – e que terá provocado pelo menos 50 mortos.
O governador de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, acusou os “fascistas russos” de terem dirigido o seu ataque de mísseis Tochka-U a esta estação, onde milhares de civis aguardavam para serem retirados para áreas seguras. Ao qual o Ministério da Defesa russo argumenta que o objetivo do ataque orquestrado pelo regime de Kiev à estação ferroviária de Kramatorsk era “impedir a partida da população da cidade para a poder utilizar como escudo humano”.
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