O governador da região russa de Belgorod, Viacheslav Gladkov, anunciou esta quarta-feira que foram registadas explosões, na sequência de um incêndio num depósito de armas numa cidade localizada junto à fronteira com a Ucrânia.
“De acordo com informações preliminares, um depósito de armas incendiou-se perto da cidade de Staraya Nelidovka”, disse Gladkov, acrescentando que o fogo já foi extinto, segundo a agência russa Interfax.
A delegação do Ministério de Emergências russo na região de Belgorod disse que as explosões não causaram danos em edifícios residenciais ou casas, nem feridos entre a população civil.
Viacheslav Gladkov acusou nos últimos dias a Ucrânia de levar a cabo vários ataques contra aldeias na região fronteiriça.
O Ministério da Defesa da Rússia ameaçou retaliar com ataques contra a capital ucraniana, se a Ucrânia continuar a atingir território russo.
Em comunicado, o ministério indicou que “as Forças Armadas russas estão preparadas para responder a ataques retaliatórios com armas de precisão de longo alcance dirigidas a centros em Kiev”.
No início de abril, a Rússia disse que dois helicópteros ucranianos atingiram um reservatório de petróleo na região de Belgorod, causando um incêndio.
Um conselheiro do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, Oleksiy Arestovich, disse na segunda-feira que os incêndios registados na Rússia poderão ser o início de ataques de guerrilha, em resposta à invasão russa.
“Em Ussuriysk, a base militar incendiou-se, os escritórios de alistamento militar incendiaram-se, as universidades militares incendiaram-se, alguns armazéns, as casas de governadores”, disse Arestovich.
No entanto, o conselheiro de Zelensky sublinhou, numa entrevista citada pela agência de notícias ucraniana Unian, que Kiev “desconhece o que está a acontecer na Rússia”.
Numa entrevista à estação de televisão britânica Talk TV, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, defendeu que, como os ucranianos “estão a ser atacados desde o interior da Rússia, têm o direito de se protegerem e de se defenderem”, atacando também o território russo.
CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA
SAIBA MAIS
- Militares russos avisam que podem atacar “centros de decisão” em Kiev
- PCP vai votar contra texto que pede investigação a crimes de guerra na Ucrânia
- “Vamos redobrar ajuda militar a longo prazo” à Ucrânia, anunciou secretário da Defesa dos EUA
- Rússia diz que envio de armas dificulta acordo
- Rússia expulsa quatro diplomatas suecos
- UE teme nova catástrofe nuclear após central de Chernobyl registar nível de radioatividade “anormal”
- Presidente turco propõe cimeira em Istambul entre Putin e Zelensky
- SIC na Ucrânia: destruída ponte que permitia a fuga direta de Odessa