Mariupol não se vai render perante o ultimato da Rússia, garante a vice-primeira-ministra da Ucrânia. A Rússia ordenou que as forças ucranianas abandonem Mariupol. Em troca, a Rússia comprometia-se com a abertura de uma passagem segura para fora da cidade.
“Render não será opção”, afirmou Iryna Vereshchuk.
Este domingo, a Rússia fez um ultimato à Ucrânia: as tropas ucranianas a combater na cidade de Mariupol devem render-se até às 05:00, hora local.
O chefe do centro de controlo da Defesa Nacional Russa, Mikhail Mizintsev, diz que todos os elementos do exército ucraniano poderão abandonar a cidade entre as 10:00 e as 12:00 (menos duas horas em Lisboa), bem como todos os “mercenários estrangeiros”.
A cidade sitiada de Mariupol, que tem sofrido episódios de bombardeio pesado das forças russas, está sem alimentos, água e energia. Os relatos que saem da localidade são de uma extrema violência e destruição, com cadáveres espalhados pelas ruas.
Várias explosões em Kiev
Foram ouvidas várias explosões em várias zonas da cidade de Kiev, Ucrânia.
O presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, disse que foram atingidas casas e um shopping, no bairro de Podil.
“De acordo com as informações que temos neste momento, várias casas e um dos shoppings [foram atingidos]. As equipes de resgate, médicos e a polícia já estão no local”, acrescenta.
As explosões em Podil terão sido provocadas por um míssil russo intercetado pela defesa antiaérea da Ucrânia.
As tropas russas têm vindo a aproximar-se do centro da capital da Ucrânia, um cerco que tem vindo a apertar-se nos últimos dias.
Saiba mais:
- Israel poderá ser o mediador das negociações com a Rússia, diz Zelensky
- Protestos em Israel contra invasão russa à Ucrânia
- Explosões em Kiev: “é uma cidade como, seguramente, nos últimos anos, ninguém viu”
- “Zelensky tocou no nervo mais sensível dos israelitas quando lhes disse que Putin era um novo Hitler”
- “A indiferença mata”: Zelensky pede a Israel escolha perante agressão russa
- “Russos estão descontentes” com discurso de Zelensky no Parlamento de Israel
- Israel tenta manter posição neutra entre Rússia e Ucrânia, mas já avançou com hipótese de ser mediador