A Rússia mantém prisioneiros cerca de 2.500 soldados que foram capturados na siderurgia Azovstal, na cidade costeira ucraniana de Mariupol, afirmou o Presidente da Ucrânia.
Num encontro com jornalistas, divulgado por meios de comunicação social do país, Volodymyr Zelensky reconheceu, porém, que “é difícil precisar” quantos soldados foram levados do complexo siderúrgico de Azovstal, depois de semanas de bloqueio e bombardeamentos.
O chefe de Estado ucraniano disse que o Ministério da Defesa ucraniano está a trabalhar na libertação dos soldados, não avançando pormenores sobre a operação.
Zelensky considerou que os russos “não torturam os defensores ucranianos de Azovstal, porque não é do seu interesse fazê-lo”, e explicou: “os nossos combatentes tornaram-se figuras públicas”.
O exército ucraniano defendeu a cidade portuária de Mariupol, no mar de Azov, ao longo de mais de 80 dias.
A retirada dos soldados ucranianos que se tinham refugiado nas instalações do complexo, bloqueado pelos invasores russos, começou a 16 de maio e durou vários dias.
Rússia entrega à Ucrânia corpos de soldados mortos em Azovstal
A Rússia já tinha anunciado que ia entregar “em breve” à Ucrânia os corpos de 152 militares ucranianos encontrados num “camião frigorífico” no complexo siderúrgico de Azovstal, em Mariupol, no sudeste da Ucrânia.
Esta segunda-feira começou a fazê-lo, segundo informação avançada por um antigo líder do Batalhão Azov.
Dezenas de corpos recuperados dos escombros do complexo industrial foram já transportados para a capital Kiev. E estão a ser submetidos a testes de ADN para que seja possível identificá-los.
COM LUSA
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