A Rússia reivindicou, esta quinta-feira, a detenção do comandante adjunto de uma unidade que pertencia ao batalhão nacionalista ucraniano Aidar, antes da sua reorganização e absorção pelo exército ucraniano, noticiou a imprensa russa.
Um tribunal em Rostov-on-Don, uma região limítrofe da Ucrânia, decretou que o militar, Denis Muryga, ficará em prisão preventiva durante dois meses, de acordo com a agência noticiosa Interfax.
Segundo a fonte, Muryga, que tem nacionalidade russa e ucraniana, foi preso quando tentou atravessar a fronteira para a Rússia fazendo-se passar por refugiado, na região de Rostov, em abril.
Segundo a agência noticiosa oficial RIA Novosti, o homem é suspeito de envolvimento num grupo armado ilegal.
A Rússia também o acusa de destruir uma ponte na autoproclamada República Popular de Lugansk em 2015, no contexto do conflito armado entre o exército ucraniano e os rebeldes pró-russos apoiados por Moscovo, e de matar guardas de milícias separatistas.
O Aidar pertencia a um batalhão nacionalista de defesa territorial que operava em 2014 na região norte de Lugansk e foi acusado nesse ano pela Amnistia Internacional de ter estado envolvido em abusos generalizados, incluindo raptos, detenções ilegais, maus-tratos, roubo, extorsão e possíveis execuções.
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