O discurso de Lavrov começa a ser “aberrante”, considera José Milhazes, comentador da SIC. O chefe da diplomacia russa não abandona a tese sobre o nazismo e as raízes judaicas do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, comparando-o com Hitler.
“É tal a paranoia para tentar impor na cabeça das pessoas que os ucranianos são nazis que Lavrov foi buscar esta tese às teorias mais aberrantes da conspiração para dizer que tanto Hitler como Zelensky fizeram ou estão a fazer o que fazem porque tiveram um sangue judeu.”
José Milhazes diz não acreditar que o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia fosse capaz de abordar o antissemitismo “de uma forma completamente desumana”. Entretanto, Lavrov já veio também negar a intenção de terminar a guerra a 9 de maio, feriado nacional na Rússia.
Quanto à retirada de civis de Mariupol, José Milhazes pede desculpa ao secretário-geral da ONU pelas críticas que fez à sua visita a Kiev e Moscovo e deixa um agradecimento.
“Se tivesse salvado uma vida já valia a pena ter ido aos dois países. Como são centenas de pessoas que estão a caminho de serem libertadas, tem de se agradecer ao secretário-geral da ONU por esta grande vitória humanitária”, conclui.
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