Ucrânia vive há uma semana em guerra contra a Rússia. As negociações de paz começaram na terça-feira e serão retomadas esta quinta-feira. Desde o primeiro dia que Kiev avisa que estas intervenções são um insucesso. O especialistas em política internacional, Germano Almeida, reforça a ideia de que estas negociações não têm credibilidade.
“Só com negociações de boa-fé este conflito, que não pára de escalar pode ser travado”, considera o comentador. “Isso implica quatro coisas que ainda não estão garantidas: um território neutral, mediador credível, cessar-fogo total e uma disposição das duas partes para conceções mútuas”
Ambos os países exigem medidas inaceitáveis, enquanto a Rússia coloca a soberania da Ucrânia em causa e “está a fazê-lo da pior maneira possível”.
Uma das coisas que Kiev exige a Moscovo é a total retirada russa do Donbass, sabendo que “a Rússia nunca vai aceitar isso”.
Questionado sobre um possível mediador credível, Germano Almeida aponta para Israel, “isso pode ser um passo em frente, é o único que pode falar com os dois lados”, esclarece.