A Ucrânia voltou esta quarta-feira, sétimo dia de invasão russa, a estar sob ataque. Depois de na terça-feira as forças russas terem bombardeado a capital e a segunda maior cidade do país, Kharkiv volta a estar no centro da ação e Kherson é a primeira cidade significativa a ser conquistada pelos russos.
O que precisa de saber ao sétimo dia de guerra na Ucrânia
- O Banco Mundial anunciou a suspensão de todos os projetos na Rússia e na Bielorrússia;
- Ocorreu ao início da noite uma forte explosão na zona da principal estação ferroviária de Kiev, de onde saem os comboios para o oeste do país. Não há registo de vítimas até ao momento, segundo o ministro do Interior ucraniano;
- As autoridades ucranianas dizem que a cidade portuária de Kherson, localizada no sul da Ucrânia, foi tomada pelas forças militares russas. É a primeira cidade significativa a cair para o lado dos russos. O autarca de Kherson vai encontrar-se com um comandante russo para planear como será feita a administração da cidade.
- Uma delegação ucraniana é esperada esta quinta-feira na Polónia, junto à fronteira com a Bielorrússia, para uma nova ronda de negociações com a Rússia. O cessar-fogo estará na agenda;
- A Assembleia Geral da ONU aprovou esta tarde uma resolução de condenação das ações russas na Ucrânia. Ao todo, 141 membros votaram a favor, cinco contra e 35 abstiveram-se;
- Única alternativa a sanções “seria uma guerra nuclear devastadora”, avisa o chefe da diplomacia russa. O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, disse esta quarta-feira que o Presidente norte-americano, Joe Biden, sabe que a única alternativa às sanções contra Moscovo é uma terceira guerra mundial, que seria “uma guerra nuclear devastadora”;
- A Rússia voltou hoje a bombardear Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana, num ataque que matou pelo menos 21 pessoas e feriu 112, destruindo diversos prédios, informaram as autoridades ucranianas;
- A Rússia admitiu pela primeira vez ter sofrido baixas na invasão da Ucrânia. O ministro da Defesa russo diz que foram mortos 498 soldados e mais de 1500 sofreram ferimentos. Números que diferem dos das autoridades ucranianas, que falam em mais de cinco mil soldados russos mortos;
Em declarações citadas pela televisão britânica Sky News, Zelensky salintou que a Ucrânia tem conseguido causar duras perdas nas tropas invasoras e acusou Moscovo de querer apagar o país da história, depois do memorial do Holocausto de Kiev ter sido bombardeado;
- Crianças entre os sete e os 11 anos foram detidas pela polícia russa em Moscovo por terem colocado flores junto à embaixada ucraniana e por apelarem, com cartazes, ao “fim da guerra”;
- União Europeia vai conceder proteção temporária aos refugiados da guerra na Ucrânia. Vão ser concedidos aos refugiados vistos de residência e acesso à educação, ao mercado de trabalho e a assistência médica. A Comissão Europeia vai ainda facilitar o processo de entrada nos países membros perto da Ucrânia para que as filas de pessoas nas fronteiras sejam reduzidas;
- Polónia já recebeu mais de 450 mil refugiados. Mais de 450 mil pessoas já fugiram para a Polónia desde o início da guerra na Ucrânia. Só na segunda-feira mais de 100 mil refugiados atravessaram a fronteira, o número mais alto até agora. No total, a invasão da Ucrânia pela Rússia já causou uma vaga de mais de 874.000 refugiados;
- Eslovacos receiam avanço da guerra e iniciam corrida aos passaportes. Na Eslováquia vive-se um ambiente de medo e de apreensão com a guerra que está a decorrer na vizinha Ucrânia. Muitos eslovacos receiam terem de viajar repentinamente e de não ter os documentos de viagem em ordem;
- O autarca de Kiev, Vitali Klitschko, e o irmão Wladimir, ambos ex-pugilistas e campeões mundiais, falaram à BBC a partir de Kiev, de onde, garantem, não vão sair: “Esta é a nossa casa”. Apesar de toda a ajuda que tem chegado ao país, alertam que falta “comida e água”;
- Barril de petróleo Brent supera os 110 dólares. O barril de petróleo Brent para entrega em maio continua esta quarta-feira a subir, para 110,03 dólares, no mercado de futuro de Londres, novo máximo desde julho de 2014;
- Gás natural atinge máximo histórico. O preço de referência europeu do gás natural, o holandês TTF, disparou hoje para 194,715 euros por megawatt hora (MWh), um máximo histórico, impulsionado pela guerra na Ucrânia, sendo a Rússia um grande produtor e exportador de gás.