Guerra Rússia-Ucrânia

SIC na Ucrânia: a entrevista ao batalhão Azov 

Soldados que estão em Zaporíjia temem que militares em Azovstal tentem missão suicida. 

SIC na Ucrânia: a entrevista ao batalhão Azov 

Os militares ucranianos que estão no complexo industrial de Azovstal, em Mariupol, dizem que preferem morrer a renderem-se. Os enviados da SIC à Ucrânia estiveram com os soldados do batalhão Azov que estão em Zaporíjia. 

Por estes dias, dividem a preocupação entre o inimigo, que está cada vez mais próximo, e os colegas que estão encurralados em Azovstal há mais de dois meses, de onde não sabem se sairão com vida

“O moral destes soldados é muito elevado, são os heróis de toda a Ucrânia. Inspiram todos os jovens a não ficarem de braços cruzados e a tentarem ajudar”, conta Anton à SIC. 

À conversa com os enviados da SIC, os soldados do batalhão Azov pedem que não lhes mostremos a cara nem a localização. 

Tem sido difícil receber notícias do interior da siderurgia Azovstal. Os bombardeamentos são constantes e o cerco aperta a cada hora que passa. Mas um vídeo gravado por um militar no interior da fábrica garante que os militares não aceitam render-se. 

Os colegas, que estão cá fora, não pensam da mesma maneira.  

“As vidas destes heróis, que aguentaram tanto tempo sem munições e sem comida, são preciosas. Acho que eles não se vão render de livre vontade, mas também não desejo nem aprovo que façam algum tipo de missão suicida”, afirma Anton. 

Anton alistou-se no regimento Azov quando a guerra começou. Espera não ter de tocar em nenhuma arma, mas se tiver de ser, não hesitará.  

Em entrevista à SIC, deixou uma mensagem para os colegas encurralados

“Gostaria de dizer que são os nossos heróis aqui. Rezamos por vocês, pelas vossas vidas e pela vossa resistência. Têm de dar o vosso melhor para salvar as vossas vidas, para salvar a dignidade. Nós daremos o nosso melhor para dar continuidade ao vosso trabalho”, concluiu. 

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