Apesar dos vários ataques à cidade de Mykolaiv, esta continua a ser a primeira paragem para muitos que fogem das aldeias onde decorrem combates. Os relatos dos enviados especiais da SIC, Iryna Shev e Carlos Rosa.
Valentina sofreu um AVC a dois dias da invasão em larga escala. Artem está inscrito nas forças especiais há seis anos e quer ir para a linha da frente, mas não tem com quem deixar a mãe, que está acamada.
A família já sofreu com conflitos antigos: na II Guerra Mundial, as cinco tias de Valentina foram mortas pelos nazis, quando o sul da Ucrânia foi ocupado.
Na casa ao lado, os vizinhos são novos. Yevhenia e Liuda chegaram à cidade, depois de ter fugido com a família. Vieram de uma das aldeias próxima da linha da frente, nos arredores de Mykolaiv. Para Liuda, o sonho é voltar a casa, se a casa se mantiver inteira – “Só se tivermos muita sorte”, acrescenta.
CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA
Saiba mais:
- Moscovo acusa a ONU de politização e o Ocidente de estar a demonizar a Rússia
- UNICEF alerta que “educação está sob ataque” na Ucrânia
- Kiev discute com Moscovo retirada de 38 soldados gravemente feridos em Azovstal
- Zelensky disponível para falar com Putin, mas sem ultimatos
- Hungria opõe-se a que União Europeia inclua líderes religiosos na lista de sanções
- Recuperados cerca de mil corpos nas últimas semanas na região de Kiev
- Gazprom suspende fornecimento de gás à Europa através do gasoduto Yamal