Apesar da expectativa, os civis retirados de Mariupol através do corredor humanitário das Nações Unidas ainda não chegaram a Zaporíjia. Na origem dos atrasos estão as várias paragens feitas em postos de controlo no território que é controlado pelos russos. A reportagem dos enviados especiais da SIC, Bruno Castro Ferreira e Rafael Homem.
À cidade de Zaporíjia têm chegados vários automóveis de civis que, por iniciativa própria, deixam as cidades do sul da Ucrânia para procurar um território pacífico. No entanto, a caravana organizada pelas Nações Unidas e pela Cruz Vermelha ainda não chegou ao destino.
Segundo informações dadas aos enviados especiais da SIC, o autocarro que traz 100 cidadãos que estiveram retidos no complexo da fábrica Azovstal, estarão ainda em território controlado por russos.
Esta demora prende-se com a quantidade de pontos de controlo que existem no território russo: há 17 pontos de controlo e verificação. A verificação dos homens pode ser mais demorada do que a das mulheres e crianças. Há relatos que os soldados russos obrigam os homens a retirar a roupa para ver tatuagens e marcas na zona do ombro ou da barriga – uma indicação de que tinham usado coletes à prova de bala pesados, ou seja, que teriam estado a combater ao lado dos soldados ucranianos.
A indicação dada é que a caravana deverá chegar a Zaporíjia esta terça-feira de manhã, no entanto ainda não há certezas.
CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA
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