Das três pontes que ligam Severodonetsk à cidade vizinha, já só resta uma. São cada vez menores as hipóteses de fuga para os civis ou de retirada para os militares. O relato é dos enviados especiais da SIC na Ucrânia, João Nuno Assunção e Luís Silva.
A última ponte que liga as duas cidades está debaixo de fogo intenso e não oferece as devidas condições de segurança nem para uma eventual retirada de civis, nem para o eventual recuo de militares ucranianos. Desta forma, as forças de Kiev arriscam ficar encurralados na cidade.
O principal fogo de resistência está concentrado na grande fábrica de produtos químicos Azot, onde estarão retidos também cerca de 800 civis. Segundo o autarca, esta fábrica está debaixo de bombardeamentos constantes, tendo um deles provocado um grande incêndio. Não há indicação de eventuais vítimas
Na região de Kramatorsk, são cada vez mais frequentes os cortes de energia elétrica e há cada vez menos combustível – quando há, provoca filas de espera de várias horas. São também cada vez menos os serviços públicos abertos.
À medida que se aperta o certo, os civis procuram eliminar o passado soviético. Um exemplo disso aconteceu na grande fábrica de maquinaria pesada de Kramatorsk que tinha uma imagem de Lenin na fachada. Essa imagem foi retirada.
CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA
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