A Suécia vai ter em conta a posição da Finlândia na NATO para decidir se envia pedido para entrar na Aliança Atlântica, anunciou a chefe de diplomacia sueca. A Suécia deverá decidir sobre o pedido de adesão à organização nos próximos dias.
Na rede social Twitter, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Ann Linde, disse que a Finlândia é o parceiro de segurança e defesa mais próximo da Suécia, por isso é importante ter em conta as avaliações do país.
Depois do Presidente e a primeira-ministra da Finlândia ter confirmado a adesão à NATO espera-se que também a Suécia avance com o pedido formal nos próximos dias.
A Rússia já ameaçou que a decisão pode vir a ter “efeitos políticos e militares” para a Suécia, que também manifestou interesse em entrar na aliança militar, e para a Finlândia em caso de adesão à NATO.
Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, no passado dia 24 de fevereiro, a Finlândia e a Suécia começaram a ponderar o abandono da neutralidade história e aderir formalmente à NATO.
A potencial entrada da Finlândia na NATO constitui a maior alteração na política de defesa e de segurança do país nórdico desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando travou duas guerras contra a União Soviética.
A Finlândia partilha 1.340 quilómetros de fronteira terrestre com a Rússia.
Nas últimas semanas, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse que a aliança militar acolheria a Finlândia e a Suécia – países com Forças Armadas “fortes e modernas” – “de braços abertos” e espera que o processo de adesão seja rápido e tranquilo.
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