Guerra Rússia-Ucrânia

Tem faltado “força e vontade” da diplomacia para acabar com a guerra na Ucrânia, diz Catarina Martins

Coordenadora do BE alerta para os riscos de um conflito nuclear naquela região da Europa.

Tem faltado “força e vontade” da diplomacia para acabar com a guerra na Ucrânia, diz Catarina Martins

A coordenadora do BE, Catarina Martins, considera que tem faltado vontade da diplomacia internacional para acabar com a guerra na Ucrânia e alerta para os riscos de um conflito nuclear naquela região da Europa.

Sobre a deslocação de António Guterres a Moscovo antes de visitar Kiev, o Bloco de Esquerda não entra em polémicas e defende que o caminho para a paz está nas mãos das Nações Unidas.

Questionada pelos jornalistas sobre as viagens do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, a Moscovo e Kiev durante a próxima semana, a coordenadora do BE disse que “o que tem faltado é a força e a vontade da diplomacia internacional” para trilhar o caminho para a paz.

“Vejo que há, do ponto de vista das elites internacionais e europeias, um enorme apetite pelos novos negócios de armamento e pelos novos negócios de combustíveis fósseis. Tem faltado a vontade diplomática para uma solução”, acrescentou.

Questionada também sobre a ordem das visitas de Guterres (Moscovo na terça-feira e Kiev na quinta), adiantou que “desde que haja um plano para que haja uma retirada imediata das tropas russas, e se construir um caminho de paz, usar-se a abertura do presidente Zelensky para a posição de neutralidade da Ucrânia, estão criadas as bases, pela própria Ucrânia, para um caminho”.

Catarina Martins alertou ainda para uma eventual escalada na guerra, advertindo que “se não houver um caminho diplomático” e o conflito se tornar “interminável”, está-se “num momento, numa situação e numa geografia” em que “o risco é mesmo de guerra nuclear”.

Saiba mais:

Especial conflito Rússia-Ucrânia