O autarca de Mariupol, Vadym Boychenko, declarou esta terça-feira que as tropas russas estão a impedir cerca de 2.000 civis, que saíram de Mariupol, de chegarem a Zaporíjia.
“Esperávamos que hoje a retirada ocorresse perto de Berdyansk. Mas as tropas russas estão a destruir os nossos planos e não permitem que nossos cidadãos cheguem a Zaporíjia”, declarou Boychenko, citado pela agência de notícias ucraniana Ukrinform.
No domingo, um primeiro comboio com cerca de 100 civis chegou a Zaporíjia, mas vários milhares ficaram a meio do caminho sem conseguir chegar àquela cidade.
As operações de retirada são realizadas em coordenação com as Nações Unidas e a Cruz Vermelha Internacional e foram acordados para esta terça-feira novos corredores humanitários com o lado russo.
No entanto, até agora apenas três dos 14 autocarros planeados para esta operação conseguiram chegar ao território sob controlo ucraniano, segundo o autarca de Mariupol.
Entre Mariupol e Zaporíjiasão 220 quilómetros, mas é uma jornada muito difícil.
O primeiro trecho consiste em chegar ao chamado “círculo” formado por Berdyansk, Tokmak e Vasylivka para continuar depois até Zaporijia, mais ao norte.
Em Mariupol, as últimas tropas ucranianas continuam a resistir no grande complexo formado pela siderúrgica Azovstal, onde também permanecem grupos de civis à espera de serem retirados.
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