A Ucrânia acusou o exército russo de ter detido cerca de 600 pessoas, incluindo jornalistas e ativistas pró-Kiev, na região de Kherson, no sul do país, inteiramente ocupada pelas forças de Moscovo.
“Segundo as nossas informações, cerca de 600 pessoas estão (…) detidas em porões especialmente preparados na região de Kherson”, informou Tamila Tacheva, representante do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para a Crimeia, península ucraniana fronteiriça com Kherson que foi anexada por Moscovo em 2014.
De acordo com Kiev, os detidos são “principalmente jornalistas e ativistas” que organizaram “comícios pró-ucranianos em Kherson” após a ocupação deste território pelos russos.
“Segundo as nossas informações, eles estão a ser mantidos em condições desumanas e são vítimas de tortura”, acusou Tacheva.
Alguns dos ucranianos detidos na região de Kherson – civis, mas também prisioneiros de guerra – foram enviados para prisões na Crimeia, segundo a mesma fonte.
Banhada pelo Mar Negro e pelo Mar de Azov, a região ucraniana de Kherson, com uma área de cerca de 28.000 quilómetros quadrados, tinha mais de um milhão de habitantes antes do início da invasão russa.
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