Guerra Rússia-Ucrânia

Ucrânia: Brasil expressa “grande consternação” com “notícias e imagens” de Bucha

Brasil defendeu a realização de uma “investigação completa e independente de quaisquer supostas violações, a fim de apurar responsabilidades”

Ucrânia: Brasil expressa “grande consternação” com “notícias e imagens” de Bucha

O Governo do Brasil expressou na quarta-feira “grande consternação” com as “notícias e imagens” dos alegados massacres de civis cometidos por tropas russas na cidade ucraniana de Bucha, perto da capital, Kiev.

O Ministério das Relações Exteriores brasileiro expressou solidariedade com as famílias das vítimas, “muitas das quais com sinais de tortura e maus-tratos”, e com “todo o povo ucraniano”, de acordo com um comunicado.

O Ministério pediu que os direitos dos civis e o direito internacional humanitário sejam respeitados.

O comunicado lembrou que o Brasil defendeu perante o Conselho de Direitos Humanos das ONU a realização de uma “investigação completa e independente de quaisquer supostas violações, a fim de apurar responsabilidades”.

Bolsonaro tem evitado condenar o Kremlin

O Brasil, membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU, continua “totalmente comprometido” com as discussões internacionais, visando a “cessação imediata das hostilidades”, acrescentou.

As autoridades defenderam a promoção do “diálogo conducente a uma solução pacífica e duradoura”.

Autoridades ucranianas encontraram em Bucha, a noroeste de Kiev, mais de 400 corpos de civis mortos nas ruas e em valas comuns, depois da retirada dos militares russos, que ocuparam a cidade durante várias semanas.

A conselheira especial da ONU para a Prevenção do Genocídio, Alice Wairimu Nderitu, disse na quarta-feira haver “sinais muito graves de uma possível ocorrência de crimes de guerra” cometidos por tropas russas contra civis em Bucha.

Apesar de o Brasil ter votado a favor, no Conselho de Segurança da ONU, de uma resolução que condenava as ações russas, o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que visitou Moscovo poucos dias antes da Rússia invadir a Ucrânia, tem evitado condenar o Kremlin, defendendo a postura de Brasília de “equilíbrio e neutralidade”.

Veja também

Saiba mais: