Guerra Rússia-Ucrânia

Ucrânia: EUA “avaliam” próximos movimentos russos antes de novas medidas de retaliação

Os Estados Unidos prometeram uma resposta “firme” e “rápida” ao reconhecimento de Moscovo da independência das regiões separatistas na Ucrânia e a uma possível escalada do conflito.

Ucrânia: EUA “avaliam” próximos movimentos russos antes de novas medidas de retaliação

Os Estados Unidos vão “avaliar” os próximos movimentos militares da Rússia antes de adotar quaisquer novas medidas de retaliação contra Moscovo, afirma esta segunda-feira um alto funcionário da Casa Branca, depois de Moscovo reconhecer territórios separatistas da Ucrânia.

Washington continuará os seus esforços diplomáticos “enquanto os tanques russos não estiverem em movimento”, disz aos jornalistas o alto funcionário, citado pela agência AFP, escusando-se a precisar quais manobras militares podem ser qualificadas como uma invasão.

A independência das regiões de Donetsk e de Lugansk, territórios separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia, em guerra contra Kiev, foi reconhecida esta segunda-feira pelo Presidente da Rússia, Vladimir Putin, que instou o parlamento a assinar os tratados que permitem apoio militar de Moscovo a estas autoproclamadas repúblicas.

As manobras de Vladimir Putin “contradizem diretamente o suposto compromisso da Rússia com a diplomacia”, critica o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.

Em resposta ao reconhecimento de Moscovo, o presidente Biden emitiu uma ordem executiva que proíbe qualquer novo investimento, comércio ou financiamento por pessoas dos EUA para, de ou dentro das regiões pró-russas de Donetsk e Luhansk.

Segundo a Casa Branca, Joe Biden informou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, dessas medidas, reafirmando “o compromisso dos Estados Unidos” de respeitar “a integridade territorial da Ucrânia”.

Ao mesmo tempo, a União Europeia fez saber que vai sancionar a decisão de Vladimir Putin de reconhecer a independência daqueles territórios ucranianos. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, também prometeu sanções “significativas”.