Guerra Rússia-Ucrânia

Ucrânia: Governo espanhol condena reconhecimento russo de Donetsk e Lugansk

O anúncio de Vladimir Putin gerou uma onda de condenações dos principais atores internacionais.

Ucrânia: Governo espanhol condena reconhecimento russo de Donetsk e Lugansk

O Governo espanhol condena esta segunda-feira o reconhecimento unilateral da Rússia dos dois territórios separatistas de Donestk e Lugansk, na Ucrânia, anunciado pelo Presidente russo.

“É uma violação dos acordos de Minsk e da legalidade internacional. Responderemos de maneira coordenada junto dos nossos parceiros”, escreve o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, na rede social Twitter.

O anúncio de Vladimir Putin gerou, de forma imediata, uma onda de condenações da parte dos principais atores internacionais implicados na crise da Ucrânia e que apoiam Kiev, nomeadamente os Estados Unidos, a NATO e a União Europeia.

A União Europeia (UE) condena a “grave violação” do direito internacional no reconhecimento por parte do Presidente russo da independência dos territórios separatistas pró-Rússia, garantindo uma resposta ocidental “com unidade e firmeza”.

Vladimir Putin ordenou a mobilização do Exército russo para “manutenção da paz” nos territórios separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, que reconheceu hoje como independentes.

Putin assinou dois decretos que pedem ao Ministério da Defesa que “as Forças Armadas da Rússia [assumam] as funções de manutenção da paz no território” das “repúblicas populares” de Donetsk e Lugansk, segundo noticia a agência France Presse.

Os decretos assinados pelo chefe de Estado russo também estabelecem consultas entre Moscovo e as repúblicas agora reconhecidas para o estabelecimento de relações diplomáticas e entram em vigor a partir do momento da sua publicação, refere o texto da presidência russa.

Nos últimos dias, o clima de tensão agravou-se ainda mais perante o aumento dos confrontos entre o exército da Ucrânia e os separatistas pró-russos no leste do país, na região do Donbass, onde a guerra entre estas duas fações se prolonga desde 2014.