O Governo espanhol condena esta segunda-feira o reconhecimento unilateral da Rússia dos dois territórios separatistas de Donestk e Lugansk, na Ucrânia, anunciado pelo Presidente russo.
“É uma violação dos acordos de Minsk e da legalidade internacional. Responderemos de maneira coordenada junto dos nossos parceiros”, escreve o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, na rede social Twitter.
El Gobierno de España condena el reconocimiento unilateral por parte de Rusia de los territorios separatistas del este de Ucrania. Es una violación de los acuerdos de Minsk y de la legalidad internacional.
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) February 21, 2022
Responderemos de manera coordinada junto a nuestros socios.
O anúncio de Vladimir Putin gerou, de forma imediata, uma onda de condenações da parte dos principais atores internacionais implicados na crise da Ucrânia e que apoiam Kiev, nomeadamente os Estados Unidos, a NATO e a União Europeia.
A União Europeia (UE) condena a “grave violação” do direito internacional no reconhecimento por parte do Presidente russo da independência dos territórios separatistas pró-Rússia, garantindo uma resposta ocidental “com unidade e firmeza”.
Vladimir Putin ordenou a mobilização do Exército russo para “manutenção da paz” nos territórios separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, que reconheceu hoje como independentes.
Putin assinou dois decretos que pedem ao Ministério da Defesa que “as Forças Armadas da Rússia [assumam] as funções de manutenção da paz no território” das “repúblicas populares” de Donetsk e Lugansk, segundo noticia a agência France Presse.
Os decretos assinados pelo chefe de Estado russo também estabelecem consultas entre Moscovo e as repúblicas agora reconhecidas para o estabelecimento de relações diplomáticas e entram em vigor a partir do momento da sua publicação, refere o texto da presidência russa.
Nos últimos dias, o clima de tensão agravou-se ainda mais perante o aumento dos confrontos entre o exército da Ucrânia e os separatistas pró-russos no leste do país, na região do Donbass, onde a guerra entre estas duas fações se prolonga desde 2014.