A Rússia admite uma troca de prisioneiros com a Ucrânia, mas só depois de os combatentes ucranianos serem julgados, avançou esta quarta-feira o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Andrei Roudenko.
“Vamos analisar a questão [troca de prisioneiros] depois daqueles que se renderam serem julgados e condenados”, afirmou Roudenko, citado por agências russas.
“Antes disso, as negociações sobre uma troca de prisioneiros são prematuras”, acrescentou.
Na passada semana, renderam-se os últimos combatentes ucranianos de Mariupol, que estavam barricados no complexo de Azovstal há várias semanas.
De acordo com o Ministério da Defesa russo, cerca de 4.000 soldados ucranianos foram capturados na cidade portuária tomada pelas forças russas.
As autoridades ucranianas já vieram dizer que queriam organizar uma troca de prisioneiros, mas o Kremlin considera que os combatentes que pertencem ao batalhão Azov são neonazis culpados de crimes de guerra e não soldados.
No sábado, o negociador russo Leonid Slutsky disse que a Rússia estava a estudar a possibilidade de trocar combatentes do batalhão Azov pelo deputado e milionário ucraniano Viktor Medvedchuk, próximo do Presidente Putin.
No entanto, esta quarta-feira, Roudenko assegurou que a possível troca não estava a ser estudada. “Não temos essa informação no Ministério dos Negócios Estrangeiros.”
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