A Ucrânia suspendeu um dos principais pontos de distribuição de gás russo. A rota é responsável pela passagem de quase um terço do combustível da Rússia para a Europa. Moscovo garante que a decisão não compromete o fornecimento.
Mesmo com o início da guerra, a Ucrânia continuou a ser uma das principais portas de entrada do gás russo na Europa. O operador ucraniano alega razões de força maior para suspender um dos pontos de distribuição. Diz que não consegue operar uma das estações de compressão que fica próxima de Lugansk, uma zona controlada pelas tropas russas.
Esta rota será responsável por quase um terço do combustível que vem da Rússia para a Europa. O fluxo terá sido transferido para um outro ponto de passagem mais a oeste, mas, logo nas primeiras horas após a decisão ucraniana, o fornecimento de gás para a Europa começou a cair.
A empresa russa de energia diz-se empenhada em cumprir os contratos. É mais um fator que vem agravar a tensão no leste da Europa.
O secretário-geral das Nações Unidas, que tem apelado a um cessar-fogo, admite que dificilmente haverá um acordo de paz em breve. António Guterres defende um novo encontro com Vladimir Putin e diz que mantém contacto permanente com Moscovo. O objetivo é realizar mais operações de retirada de civis, como aconteceu em Mariupol.
Esta quarta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo recebeu os embaixadores norte-americano e polaco. Moscovo exige um pedido de desculpas formal à Polónia e ameaça represálias devido ao protesto que atingiu com tinta vermelha ao embaixador russo, em Varsóvia, no dia em que a Rússia celebrava o Dia da Vitória.
CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA
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