A grande maioria dos ucranianos (92%) acredita na vitória do seu país sobre a Rússia, de acordo com uma sondagem realizada no início desta semana por um instituto da Ucrânia, noticia a AFP.
A sondagem foi realizada junto de 1.200 pessoas, que vivem em várias partes do país, com exceção das regiões separatistas da Crimeia e do Donbass, contactadas por telefone entre 8 e 9 de março, vários dias depois do início da invasão russa.
Dos inquiridos, 92% acreditam que a Ucrânia será capaz de repelir o ataque da Rússia. Desses, 57% está confiante que o país conseguirá vencer o conflito nas próximas semanas, dos quais 18% dentro de uma semana.
Por outro lado, 18% dos inquiridos acredita que a guerra vai durar vários meses e 9% prevê que terminará dentro de seis meses ou mais.
Além disso, 80% dos inquiridos disseram que participam na defesa do país, sendo que 39% diz que está a ajudar o exército ucraniano como voluntário e 37% presta ajuda financeira.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de 4,5 milhões de pessoas, 2,5 milhões das quais para os países vizinhos — o êxodo mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram à Rússia sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia, que entrou esta sexta-feira no 16.º dia, causou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares, segundo várias fontes.
Embora admitindo que “os números reais são consideravelmente mais elevados”, a ONU confirmou, esta sexta-feira, a morte de pelo menos 564 pessoas e 982 feridos civis.
CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIA
Saiba mais:
- Reino Unido sanciona 386 deputados russos que apoiaram invasão da Ucrânia
- Dezenas de crianças com doenças graves ou necessidades especiais chegam à Polónia
- Invasão Ucrânia: sirenes voltaram a tocar com intensidade em Lviv
- “Odessa preparada para o pior mas à espera do melhor”
- Portugal concedeu 5.775 pedidos de proteção temporária a pessoas vindas da Ucrânia
- Putin ordena reforço militar na fronteira ocidental em resposta a ações da NATO
- Rússia ataca hospital psiquiátrico onde estavam mais de 300 pessoas, diz OMS
- “Vamos matar todos os sacanas pelo bombardeamento de Mariupol”
- Tropas ucranianas tentam capturar equipamento militar russo
- NATO não quer “uma guerra aberta com a Rússia”, diz Stoltenberg