A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) pediu esta sexta-feiras às Santas Casas que acolham refugiados fugidos da invasão russa na Ucrânia, no seguimento de um apelo humanitário feito pelo Governo.
Numa nota enviada à agência Lusa, a UMP apela à sua rede de misericórdias do país que reúnam condições para acolhimento de cidadãos e famílias ucranianas refugiadas, podendo envolver alojamento e criação de postos de trabalho.
Na mesma nota, a UMP refere que “este apelo humanitário decorre no âmbito do desafio lançado pelo Governo às misericórdias, para se mobilizarem para esta operação de emergência, no que respeita ao acolhimento e apoio a cidadãos ucranianos que pretendam refugiar-se em Portugal”.
O presidente da UMP, Manuel de Lemos, sublinha no documento que “a mobilização das Santas Casas faz parte da missão e compromisso das misericórdias, reforçando que a história “já comprovou a força das misericórdias na ajuda humanitária e em tempos de emergente incerteza social”.
“A mobilização de todos é, acima de tudo, a nossa obrigação”, sublinha.
O desafio de apoio humanitário das misericórdias foi lançado pela Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, à UMP, num momento em que a “Europa e o mundo vivem momentos difíceis e de severa complexidade com o aparente início de uma guerra que inevitavelmente pode provocar muitas mortes e também a inevitável deslocação de milhares de pessoas para fora dos seus territórios”.
Manuel Lemos afirma que, “perante este cenário, a resposta foi imediata”, tendo em conta a natureza da missão da UMP e da sua rede de misericórdias.
Para definir o apoio que pode ser dado à população ucraniana fugida à invasão russa ao seu país, a UMP adianta que “está já a fazer um levantamento da assistência que cada santa casa pode prestar” aquando da chegada destes refugiados a Portugal.