O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, anunciou esta terça-feira o reforço da ajuda militar à Ucrânia a longo prazo.
Lloyd Austin diz que o trabalho dos países do Ocidente está a fazer uma grande diferença na defesa da Ucrânia e anunciou que a Alemanha, por exemplo, vai enviar mais tanques para a Ucrânia.
Os Estados Unidos e os seus aliados vão passar a reunir-se mensalmente para discutir o fortalecimento das capacidades militares da Ucrânia contra a Rússia, anunciou esta terça-feira o secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin.
“A reunião de hoje [terça-feira] vai tornar-se um grupo de contacto mensal sobre a defesa da Ucrânia”, explicou Austin, acrescentando que deseja coordenar a ação de “nações de boa vontade para intensificar os esforços, coordenar a assistência e focar-se em vencer a luta de hoje e as lutas que virão”.
O secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, afirmou também que os comentários do ministro russo dos Negócios Estrangeiros sobre a guerra nuclear são perigosos e sublinha que ninguém quer a escalada conflito.
“Esse tipo de demonstração de poder e retórica perigosa não ajuda em nada em é algo a que não daremos resposta.”
Austin falava no final de uma reunião com chefes de Defesa de cerca de 40 países – incluindo Portugal, cuja ministra, Helena Carreiras, participou por vídeo – em Ramstein, na Alemanha.
O principal anúncio sobre esta questão veio de Berlim, que decidiu entregar à Ucrânia cerca de 50 veículos blindados antiaéreos Gepard, marcando um ponto de viragem na política cautelosa seguida até agora pelo Governo de Olaf Scholz.
A ministra da Defesa alemã, Christiane Lambrecht, que também esteve presente em Ramstein, não descartou que Berlim venha a aprovar outras entregas de armas pesadas que as empresas alemãs se ofereceram para fornecer a Kiev.
“Estamos todos determinados em ajudar a Ucrânia a vencer hoje e a fortalecer-se a longo prazo”, disse Austin, que prometeu “mover céus e terra” para tornar mais eficaz a defesa ucraniana.
Na conferência de imprensa na base militar norte-americana na Alemanha, o secretário de Defesa norte-americano referiu-se ainda aos ataques na república separatista da Transnístria, na Moldova, reivindicados por grupos pró-Rússia.
“Ainda estamos a estudar as causas e a analisar a situação. Não temos a certeza do que se trata”, disse Austin, esclarecendo que acompanhará de perto a situação.
Para já, disse o chefe do Pentágono, a importância é evitar que o conflito na Ucrânia “transborde” para outras regiões, neste caso para a Moldova, que faz fronteira com aquele país invadido pelas tropas russas.
SAIBA MAIS
- Rússia está pronta para cooperar com a ONU e ajudar civis
- Guterres propôs a Lavrov a criação de um grupo de trabalho para retirar civis
- Guerra na Ucrânia: Zaporíjia prepara-se para enfrentar o inimigo
- Transnístria anuncia “terceiro atentado” no enclave separatista