Perante as sanções económicas impostas à Rússia, principalmente, as que afetam o setor da energia “vão ter consequências na economia global”, garante Vladimir Putin. O Presidente russo entende que a Europa precisa da energia fornecida pela Rússia e que não dispõe de outra alternativa considerada “viável”.
“As tentativas dos países ocidentais de afastarem os fornecedores russos, de substituir os nossos recursos energéticos por fontes alternativas, irão inevitavelmente afetar toda a economia global”, considera Putin.
O Presidente ainda acusou a União Europeia (UE) de desestabilizar o mercado da energia.
“Os parceiros de países pouco amigáveis admitem que não podem ficar sem recursos energéticos, incluindo o gás natural. Não têm (os países europeus) como substituir o gás russo agora”, afirmou Putin numa reunião sobre hidrocarbonetos com membros do Governo, incluindo o vice-primeiro-ministro, Alexander Novak.
A Rússia é o maior fornecedor de combustíveis fósseis da UE. Por si só, representa mais de 45% das importações de gás e carvão e 25% das importações de petróleo.
A UE tem hesitado na proibição da importação de petróleo e gás russos, sendo a Alemanha frequentemente identificada como o principal obstáculo devido à elevada dependência da potência europeia dos combustíveis fósseis russos.
Recentemente o chanceler alemão, Olaf Scholz, considerou “inviável” acelerar um embargo ao gás russo, porque a Alemanha, que compra mais de metade do seu gás e uma parte do carvão e do petróleo à Rússia, precisa de construir infraestruturas para conseguir fazer o abastecimento através de outras fontes.
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