A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, chegaram esta sexta-feira a Kiev para uma visita relâmpago ao terreno de guerra.
Von der Leyen e Borrell devem reunir-se com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e com o primeiro-ministro, Denys Shmyhal, para além de realizarem encontros separados com outros altos funcionários do Governo, a quem pretendem transmitir uma “mensagem de solidariedade” da UE, perante a invasão russa.
Os dois líderes europeus também irão visitar Bucha – uma cidade a noroeste de Kiev, libertada das tropas russas há uma semana – onde os corpos de centenas de civis continuam a aparecer, alguns algemados e mostrando sinais de tortura, vítimas de aparentes crimes de guerra durante a ocupação russa.
A delegação é composta também pelo primeiro-ministro da Eslováquia, Eduard Heger, que por motivos de segurança recusou ir à capital ucraniana em 15 de março, nessa altura sitiada pela artilharia russa; pelo primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki; pelo chefe do Governo esloveno, Janez Jansa; e pelo líder do partido do Governo polaco Lei e Justiça (PiS), Jaroslaw Kaczinsky.
Borrell anuncia em Kiev regresso de embaixador da UE
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, anunciou esta sexta-feira em Kiev o regresso do embaixador da União Europeia à capital ucraniana, para que o bloco europeu e a Ucrânia possam “trabalhar juntos de forma ainda mais direta e estreita”.
“A União Europeia volta a Kiev. Digo-o literalmente: o nosso chefe de delegação voltou a Kiev, para que possamos trabalhar juntos de forma ainda mais direta e estreita”, anunciou o Alto Representante da UE para a Política Externa na capital ucraniana, para onde viajou hoje com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
As forças russas tentaram entrar em Kiev nos primeiros dias da invasão da Ucrânia, lançada em 24 de fevereiro, mas a cidade resistiu aos ataques russos e o Governo continuou a trabalhar desde a capital, tendo esta sexta-feira Borrell considerado “impressionante” a forma como as autoridades conseguiram prosseguir o seu trabalhado “em circunstâncias tão difíceis”.
Esta viagem coincide com a aprovação na UE, na noite de quinta-feira, do quinto pacote de sanções contra a Rússia, que afeta pela primeira vez o setor energético, ao proibir a importação de carvão russo, além de incluir um embargo de armas contra Rússia.
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