Uma das equipas de enviados especiais da SIC esteve esta terça-feira na região onde se travam os maiores combates no Donbass. Testemunharam os intensos bombardeamentos à fábrica Azot e falaram com um português que há mais de quatro meses se juntou ao exército ucraniano.
Há semanas que a cidade debaixo de fogo intenso. Não há um dia sem bombardeamentos. O último provocou este incêndio. Por sorte ninguém ficou ferido.
Trava-se a mais sangrenta batalha pelo Donbass. Se as forças russas tomarem Severodonetsk, esta deverá ser próxima a ser conquistada.
Os combates estão concentrados numa fábrica de produtos químicos, onde permanecem centenas de civis e onde está encurralada a última bolsa de resistência.
Entre os ucranianos misturam-se agora dezenas de outras nacionalidades e entre os combatentes estrangeiros também há portugueses.
Ex-militar do exército português está há quase quatro meses na linha da frente. Viajou para Ucrânia no início da invasão sem data de regresso.
“Vou ficar até a guerra acabar ou até morrer. Prometi isso a mim próprio”, conta à SIC.
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