Guerra Rússia-Ucrânia

Zelensky é convidado para a cimeira do G20

Vladimir Putin também vai participar na cimeira a 15 e 16 de novembro.

Zelensky é convidado para a cimeira do G20

O Presidente indonésio, Joko Widodo, confirmou esta sexta-feira ter convidado o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, para participar na cimeira do G20 a realizar-se em novembro, na Indonésia, apesar de a Ucrânia não integrar o grupo.

“Convidei o Presidente Zelensky a participar na cimeira do G20”, disse Widodo, sugerindo ter sido alcançado um compromisso na sequência de pressões para excluir a Rússia devido à invasão da Ucrânia.

O líder indonésio disse ainda que Vladimir Putin confirmou que vai participar na cimeira em Bali, a 15 e 16 de novembro, segundo a agência francesa AFP.

Jacarta, que detém a presidência do G20 este ano, tem estado sob forte pressão do Ocidente, liderada pelos Estados Unidos, para excluir a Rússia do grupo desde que começou a invasão da Ucrânia a 24 de fevereiro. A Indonésia vai resistindo às pressões por defender que a sua posição de anfitrião da cimeira exige que se mantenha imparcial.

Com isso, Joe Biden e outros sugeriram também a participação da Ucrânia como forma de alcançar um equilíbrio. Zelensky já anunciou na passada quarta-feira, na rede social Twitter, ter sido convidado por Joko Widodo para a cimeira, na sequência de uma conversa telefónica com o líder indonésio.

Desde o início da ofensiva militar russa na Ucrânia, o Ocidente tem procurado isolar a Rússia na cena diplomática. Uma reunião dos ministros das Finanças do G20 no passado dia 20 de abril, em Washington, ilustrou as profundas divisões no grupo das principais economias mundiais, com os EUA e vários aliados a boicotarem algumas reuniões como modo de protesto contra a participação russa.

O grupo das economias mais desenvolvidas integra 19 países e a União Europeia (UE), com a Espanha a participar habitualmente nas cimeiras como país convidado. O G20 não só inclui membros que impuseram sanções duras contra a Rússia, como Estados Unidos, Reino Unido, Japão e a própria UE, como países que adotaram uma posição mais ambivalente, como a China.

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