Guerra Rússia-Ucrânia

Zelensky pede a líderes europeus que ultrapassem “querelas internas” para aprovar novas sanções à Rússia

Em causa está um impasse sobre o embargo ao petróleo russo, contestado pela Hungria.

Zelensky pede a líderes europeus que ultrapassem “querelas internas” para aprovar novas sanções à Rússia

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, exortou esta segunda-feira os Estados-membros da União Europeia a ultrapassarem “querelas internas” e a adotarem o sexto pacote de sanções contra a Rússia, ao dirigir-se, por videoconferência, ao Conselho Europeu, reunido em Bruxelas.

“As querelas internas devem parar […] A Europa deve mostrar a sua força, porque a força é o único argumento que a Rússia compreende”, declarou Zelensky.

Sublinhando a importância de os 27 não se dividirem nesta altura e de mostrarem unidade, o Presidente ucraniano insistiu que “só com uma grande unidade” será possível encontrar “respostas eficazes” a tudo o que a Rússia tem feito quer à Ucrânia, quer ao bloco europeu, até porque “o maior desejo” de Moscovo é ver os Estados-membros divididos.

Zelensky deixou então o apelo no sentido de que o bloco europeu adote o sexto pacote de sanções – proposto pela Comissão Europeia há quase um mês -, “incluindo o petróleo, para que a Rússia pague o preço pelo que está a fazer contra a Ucrânia, contra a Europa”, e para que a União Europeia se liberte enfim das “armas energéticas russas, pelo menos o petróleo”.

“É evidente que deve haver progressos nas sanções contra a agressão” da Rússia, disse.

Os líderes europeus estão reunidos em Bruxelas numa cimeira extraordinária que tem entre os pontos em agenda questões de energia, defesa e segurança alimentar, mas que está ensombrada pelo impasse na adoção do sexto pacote de sanções, que contempla um embargo – ainda que progressivo, gradual e com exceções – às importações de petróleo russo, rejeitado pela Hungria, face à sua grande dependência.

A guerra na Ucrânia expôs a excessiva dependência energética da UE face à Rússia, que é responsável por cerca de 45% das importações de gás europeias. A Rússia também fornece 25% do petróleo e 45% do carvão importado pela UE.

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