O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reafirmou esta quarta-feira o pedido aos países da NATO, reunidos em cimeira em Madrid, para que forneçam artilharia moderna e apoio financeiro para a Ucrânia enfrentar a invasão russa.
“Para quebrarmos a preponderância da artilharia russa, uma vantagem significativa, precisamos de muitos mais destes sistemas modernos, artilharia moderna”, disse Zelensky aos líderes da NATO, numa intervenção por videoconferência, citado pela agência francesa AFP.
Zelensky disse que o apoio financeiro à Ucrânia “é tão importante como a ajuda em armamento” tendo em conta o seu elevado défice, enquanto Moscovo beneficia das receitas das suas exportações de petróleo e gás. Nesse sentido, reforçou o apelo para sanções mais fortes contra Moscovo, justificando que isso “acabaria com a sua capacidade de pagar pela guerra”, que iniciou em 24 de fevereiro.
O líder ucraniano reafirmou que a Ucrânia precisa de cerca de 5.000 milhões de dólares (mais de 4.750 milhões de euros, ao câmbio atual) por mês para a sua defesa.
“Se [a NATO] realmente define a Rússia como a principal ameaça, tem de apoiar totalmente o seu primeiro e principal alvo“, disse Zelensky, referindo que a Ucrânia está a lutar pela “futura ordem mundial”.
O presidente ucraniano apelou também aos países da aliança que forneçam à Ucrânia mais armamento, principalmente mísseis e sistemas de defesa aérea. Para Zelensky essa ajuda vai permitir que as tropas ucranianas impeçam os russos de “destruir cidades e aterrorizar os civis ucranianos”.
O chefe de estado da Ucrânia questionou ainda os restante países presentes na cimeira se era possível responderem a um eventual ataque russo sem a ajuda de países parceiros.
COM LUSA
SAIBA MAIS
- Presidente da Ucrânia pede ajuda ao G7
- Ucrânia: Zelensky pede armas, apoio financeiro e sanções contra a Rússia o mais rápido possível
- Cimeira do G7: Reino Unido apela para que apoio à Ucrânia se mantenha “pelo tempo que for necessário”
- Zelensky vai pedir ao G7 mais apoio militar face a “chuva de mísseis”
- Ucrânia precisa de apoio militar “constante” e não “pontual” dos países ocidentais