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Coreia do Sul efetua testes com mísseis em resposta ao ensaio da Coreia do Norte

Novo míssil atingiu a Zona Económica Exclusiva japonesa. Uma “ameaça séria” para a segurança do país, diz vice-ministro da Defesa do Japão.

Coreia do Sul efetua testes com mísseis em resposta ao ensaio da Coreia do Norte

O Exército sul coreano anunciou esta quinta-feira o disparo de vários mísseis em resposta ao ensaio de um míssil balístico intercontinental de Pyongyang, na Coreia do Norte.

“Respondendo ao lançamento do míssil intercontinental (ICBM) da Coreia do Norte, as Forças Armadas, em conjunto, dispararam mísseis do solo, do mar e do ar”, desde as 16:25 (07:25 em Lisboa), para o mar do Japão, indicou o Estado-Maior de Seul através de um comunicado.

Nas últimas horas, o Ministério da Defesa do Japão informou que a Coreia do Norte efetuou o disparo de um míssil balístico intercontinental que atingiu a Zona Económica Exclusiva (marítima) japonesa.

“As nossas análises indicam que o míssil balístico [da Coreia do Norte] deslocou-se durante 71 minutos e caiu cerca das 15:44 (06:44 em Lisboa) na Zona Económica Exclusiva, no mar do Japão, a cerca de 150 quilómetros a oeste da península de Oshima”, ilha norte de Hokkaido, declarou o vice-ministro da Defesa, Makoto Oniki.

Acrescentou ainda que poderia tratar-se de um míssil balístico intercontinental (ICBM).

“Dado que o míssil balístico voou a uma altitude de mais de seis mil quilómetros, o que é bem mais elevado que o ICBM Hwasong-15, que foi lançado em novembro de 2017, pensamos que o de hoje [quinta-feira] seja um novo ICBM”, salientou.

Makoto Oniki indicou que o Ministério da Defesa japonês não tinha recebido qualquer informação relativa a danos causados em navios ou aviões, mas o responsável sublinhou que este disparo representa uma “ameaça séria” para a segurança do Japão.

De acordo com Washington e Seul, Pyongyang está a testar um novo míssil balístico intercontinental (ICBM), designado Hwasong-17, alegadamente com maior alcance e poder destrutivo.