É possível morrer de desgosto? Tiroteio no Texas faz mais uma vítima

Depois das 21 pessoas que morreram na terça-feira, há mais uma vítima a lamentar relacionada com a tragédia.

Irma Garcia foi uma das vítimas do tiroteio de terça-feira numa escola primária do Texas. Era professora do 4.º ano e morreu enquanto protegia os seus alunos do atirador. Dois dias depois, o seu marido morreu “de desgosto”, informou a família.

“Perder o amor de uma vida depois de 25 anos juntos foi demais para [ele] suportar”, escreveu a prima de Irma, Debra Austin, numa página da plataforma GoFundMe.

Noutra mensagem nas redes sociais, um dos sobrinhos do casal revelou que Joe, o marido de Irma, morreu em casa: “simplesmente caiu para o lado”. O homem, de 50 anos, tinha acabado de regressar a casa depois de ir colocar flores no memorial da mulher.

O casal estava junto há 25 anos, depois de se terem apaixonado na escola secundária, e deixam quatro filhos de 13, 15, 19 e 23 anos.

Mas é mesmo possível morrer de desgosto?

A resposta é sim. A “síndrome do coração partido”, como é conhecida, é geralmente causada por um evento emocional muito stressante, como a morte de um familiar, e provoca sintomas semelhantes ao de um enfarte: dor no peito, falta de ar e cansaço.

De acordo com a Associação Americana do Coração, costuma ser confundida com um ataque cardíaco devido à semelhança dos sintomas.

Irma morreu a proteger a vida dos seus alunos

Uma das crianças que sobreviveu ao tiroteio contou aos meios de comunicação norte-americanos que Irma e Eva, outra professora que morreu no ataque, salvaram a sua vida e a de outros colegas.

“Elas puseram-se à nossa frente para nos salvar”, contou.

Na terça-feira, Salvador Ramos, de 18 anos, entrou numa escola primária do Texas e matou a tiro 21 pessoas, incluindo 19 crianças. O jovem esteve dentro da escola uma hora e já foi aberto um inquérito para avaliar a atuação da polícia norte-americana, acusada de nada fazer para impedir a tragédia.