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EUA asseguram que destruição de armas químicas prossegue

Restam dois stocks declarados de armas químicas em todo o mundo, ambos nos Estados Unidos.

EUA asseguram que destruição de armas químicas prossegue

Os EUA estão a destruir o seu lote de armas químicas no seu território, onde se localizam os dois últimos armazéns declarados em todo o mundo, informou esta quarta-feira a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ).

Durante uma videoconferência, os Estados Unidos deram nota do progresso da destruição das suas armas químicas perante o conselho executivo da OPAQ, na semana passada, disse esta organização, com sede em Haia, num comunicado.

A destruição do stock em questão, que inclui armas nervosas, foi feita numa instalação em Richmond, no estado do Kentucky.

“Os Estados Unidos estão na fase de completar a destruição dos seus lotes de armas químicas restantes, respeitando os acordos estabelecidos. Os inspetores da OPAQ estão monitorizar e a verificar o progresso da destruição, 24 horas por dia, sete dias por semana”, refere a organização.

Neste momento, restam dois stocks declarados de armas químicas em todo o mundo, ambos nos Estados Unidos.

Segundo a OPAQ, em 28 de fevereiro, os EUA tinham concluído a destruição de 97,65% das suas armas químicas declaradas de Categoria 1 e todas as armas químicas declaradas de Categoria 2 e 3 foram destruídas.

Na semana passada, o Presidente dos EUA, Joe Biden, avisou que era provável um ataque de armas químicas de Moscovo na Ucrânia, depois de o Kremlin ter denunciado a existência desse tipo de armamento na posse das forças ucranianas.

Contudo, a Rússia – que é membro da OPAQ – já disse que não possui um arsenal químico militar, apesar de o país enfrentar uma forte pressão internacional por mais transparência sobre o alegado uso de armas tóxicas.

Em 2020, o líder oposicionista do Kremlin Alexei Navalny foi vítima de um envenenamento na Sibéria, pelo qual responsabiliza o Presidente russo, Vladimir Putin. Dois anos antes, em 2018, também o ex-agente da KGB Sergei Skripal foi envenenado com o agente tóxico Novichok, no Reino Unido, mas em ambos os casos, Moscovo negou qualquer envolvimento.

O mais recente uso de armas químicas num conflito remonta à guerra na Síria, que começou em 2011 e onde as forças do regime de Bashar al-Assad foram repetidamente acusadas do seu uso.

No entanto, o Governo de Damasco negou o uso de armas químicas e alegou ter devolvido todos os seus lotes a organizações internacionais de supervisão, após um acordo com a OPAQ, em 2013.

COM LUSA