A polícia britânica garante que não pediu que fosse atrasada a divulgação do inquérito civil às festas em Downing Street durante o confinamento. O que a polícia reconhece é ter pedido que haja poucas referências aos factos que estão a ser investigados policialmente.
Os jornais do Reino Unido dizem que são estas exigências que estão a atrasar a divulgação do documento.
Para evitar dúvidas, a polícia garante não estar a travar a divulgação do relatório às polémicas festas.
Num comunicado divulgado esta sexta-feira, a polícia diz que a única coisa que pediu foi que as revelações do inquérito civil não interfiram com a investigação policial. Para além disso, pediu também, no caso dos eventos específicos que estão a ser alvo da atenção dos agentes, que o documento se abstenha de entrar em grandes pormenores. Isto porque poderia pôr em risco as conclusões policiais.
Enquanto isso, o Reino Unido continua à espera do relatório, elaborado por Sue Gray, funcionária do gabinete do primeiro-ministro responsável pelo inquérito civil.
O documento deveria ter sido revelado a meio desta semana. O primeiro-ministro garante não ter nada a ver com o atraso.
A oposição exige saber, o quanto antes, tudo sobre as festas. Quem lá esteve, quantas pessoas eram, quantas festas aconteceram. Diz ainda que o primeiro-ministro se deve demitir.
No Partido Conservador, o partido de Boris Johnson, já começam a surgir vários deputados que também preferiam vê-lo deixar a chefia do Governo. Mas, para já, a maioria dos conservadores prefere esperar pelas investigações que estão a decorrer, antes de tomarem uma decisão sobre se mantêm, ou não, o apoio ao líder.