O Parlamento finlandês anunciou que vai pedir a adesão à NATO, situação que deverá acontecer na próxima semana. Na Suécia, o partido no poder aprovou este domingo uma candidatura da Suécia à NATO, abrindo caminho a um pedido de adesão.
Sally Tilly Pinto Marques, economista com dupla nacionalidade sueca e finlandesa afirmou, em entrevista à SIC Notícias, que este “é um grande passo” que se tornou “inevitável” devido à guerra na Ucrânia.
“Não temos opção que não ser membros da NATO”, disse.
Cátia Miriam Costa, investigadora do Centro de Estudos Internacionais do ISCTE, afirmou que a entrada dos dois países nórdicos na Aliança Atlântica vem “mudar completamente” a ordem internacional.
Sobre a possível reação da Rússia, acredita que o país “não se pode envolver em mais contendas” e que, por isso, deverá responder com a manipulação de outro tipo de “armas”, como sanções e ciberataques.
Apesar de considerar que não haverá uma escalada do conflito e que a retaliação da Rússia acontecerá ao nível diplomático e político, avisa que o país se vai sentir “derrotado” e que a “exclusão de um Estado pode trazer reações inesperadas”.
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