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Gigante erupção solar e o novo elemento da família Via Láctea: as melhores imagens da semana a partir do espaço

A Agência Espacial Europeia (ESA) publica no final de cada semana as melhores imagens do cosmos ou do nosso planeta captadas a partir do espaço ou com os telescópios em Terra.

Gigante erupção solar e o novo elemento da família Via Láctea: as melhores imagens da semana a partir do espaço
ESA

As imagens podem ser vistas em alta resolução e as explicações detalhadas no site da Agência Espacial Europeia.

São imagens captadas pelos vários instrumentos que o Homem tem construído para observar o cosmos, presos à Terra ou a vaguear pelo espaço.

Lua, estamos a caminho

A nave espacial Orion para a missão Artemis I no Kennedy Space Center da NASA, na Florida, EUA.

A missão Artemis, irmã gémea de Apolo e deusa da caça e da Lua na mitologia greco-romana, é o projeto da NASA para levar de novo astronautas até à Lua, desta vez incluindo mulheres, como parte da missão até Marte.

A Agência Espacial Europeia participa na missão com o módulo de serviço construído na Europa que fornece energia e propulsão para a nave espacial Orion e também fornecerá água e ar para os astronautas em futuras missões.

A primeira missão Artemis I deverá ser lançada no final deste ano.

O astronauta da ESA Alexander Gerst visitou o Espaço Thales Alenia em Turim para testar e fazer o relatório sobre as acomodações do próximo posto avançado humano no espaço, o Gateway, projeto da NASA e da ESA.

O Gateway, projeto fundamental da missão Artemis, será um posto na órbita da Lua que vai fornecer um apoio vital no regresso de seres humanos à Lua. Será também um importante ponto de partida para a exploração do espaço profundo e de uma futura ida a Marte.

Há um novo elemento na família Via Láctea

A missão Gaia da ESA, lançada em 2013, tem por objetivo criar um mapa multidimensional da Via Láctea, que ajudará os astrónomos a reconstruir a evolução da nossa galáxia.

A nossa galáxia, a Via Láctea, começou a formar-se há cerca de 12 mil milhões de anos e nunca parou de crescer, tanto em massa como em tamanho, na sequência de fusões com outras galáxias. Graças aos dados enviados pela sonda europeia Gaia, os astrónomos conseguem observar este processo, o que lhes permite reconstruir a história da nossa galáxia e elaborar a “árvore genealógica” de galáxias menores que ajudaram a tornar a Via Láctea o que é hoje.

O processo de fusão de galáxias está dividido em grandes grupos. Cinco já tinham sido identificados: Sagitário (o mais recente, com 5 a 6 mil milhões de anos) , Cetus, Gaia-Sausage/Enceladus, LMS-1/Wukong e Arjuna/Sequoia/I’itoi.

O sexto, com 8 a 10 mil milhões de anos, é um evento de fusão recém-identificado, a que a equipa chamou Pontus, que significa mar. Na mitologia grega, Pontus é o nome de um dos primeiros filhos de Gaia, a deusa grega da Terra.

Nesta imagem da Via Láctea vista por Gaia, os quadrados representam a localização de aglomerados globulares, os triângulos a localização de galáxias satélites e os pequenos pontos são fluxos estelares. Os pontos e quadrados em roxo são objetos trazidos para a Via Láctea pela galáxia em fusão Pontus.

Módulo russo sobre o Mar Vermelho

O módulo russo Prichal fotografado pelo astronauta da ESA Matthias Maurer a bordo da Estação Espacial Internacional quando sobrevoava o Egito e o Mar Vermelho. Nas redes sociais Matthias escreveu: “Olá Prichal! O módulo esférico russo, que chegou em novembro e está anexado ao Módulo de Laboratório Multiusos Nauka, enquanto sobrevoamos o Mar Vermelho e o Egito. Amanhã de manhã cedo (por volta das 04:00 GMT/05:00 CET) outra nave russa virá para a Estação. A nave de carga Progress 80 vai partir de Baikonur, transportará cerca de 3.000 kg de alimentos, combustível e outros abastecimento para a Estação Espacial Internacional e deverá ancorar no Mini Módulo de Pesquisa Russa Poisk (que aqui não se vê) após uma viagem de dois dias.”

Sonda Solar Orbiter capta erupção solar gigante

O Full Sun Imager do Extreme Ultraviolet Imager a bordo da sonda Solar Orbiter da ESA/NASA capturou uma erupção solar gigante a 15 de fevereiro de 2022.

As proeminências solares são grandes estruturas de linhas de campo magnético emaranhadas que mantêm densas concentrações de plasma solar suspensas acima da superfície do Sol e muitas vezes assumem a forma de arcos.

Esta é a maior erupção de proeminência solar alguma vez observada e captada numa única imagem com o disco solar completo.

Novo observatório da ESA em Tenerife

A estação IZN-1 da ESA instalada no Observatório do Teide no topo da montanha Izaña em Tenerife, Espanha, passou os testes finais com louvor.

O laser verde da estação está apontado para o céu desde julho de 2021 para detetar, rastrear e observar satélites.

Atualmente, a luz laser opera a 150mW, mas em breve será atualizada para detetar detritos espaciais com lasers em infravermelhos muito mais poderosos, com potência média de 50 Watts.

Tenerife visto de cima

A ilha espanhola de Tenerife vista pela missão Copernicus Sentinel-2. É nesta ilha, a maior das Ilhas Canárias, que está instalado está localizado o Observatório Teide onde está a instalada a Estação de alcance a laser IZN-1 da ESA.

Trio de galáxias turbulentas

A poeira e os brilhantes remoinhos de estrelas da fusão de galáxias IC 2431, que fica a 681 milhões de anos-luz da Terra na constelação de Caranguejo.

O Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA capturou o que parece ser uma tripla fusão de galáxias, bem como uma mistura de formação de estrelas e distorções causadas pelas interações gravitacionais deste trio galáctico.

Saiba mais: