O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, agradeceu esta terça-feira às forças de defesa e segurança do país por terem impedido um golpe de Estado, que constituiu um “atentado à democracia”.
“As forças de defesa e segurança conseguiram impedir este atentado à democracia”, afirma Umaro Sissoco Embaló, em declarações aos jornalistas, ao lado do primeiro-ministro, do vice-primeiro-ministro e da ministra da Justiça.
Foi um “ato bem preparado e organizado e que poderá também estar relacionado com gente relacionada com o tráfico de droga“, afirma Sissoco Embaló, acrescentando que há pessoas detidas e vítimas mortais, sem precisar números.
O ataque ao palácio do Governo, onde decorria o Conselho de Ministros, teve fogo cruzado durante cinco horas, explica o Presidente.
Sissoco Embaló diz que já falou com o secretário-geral da ONU e pede calma aos guineenses, assegurando que a situação está controlada.
“Peço à população para estar serena”, diz.
Vários tiros foram ouvidos, esta terça-feira, perto da hora de almoço junto ao Palácio do Governo da Guiné-Bissau, onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.
Entretanto, segundo fonte governamental, militares entraram cerca das 17:20 no palácio do Governo e ordenaram a saída dos governantes que estavam no edifício.
A tentativa de golpe de Estado já foi condenada pela União Africana, pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e por Portugal.
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