O Presidente norte-americano anunciou esta terça-feira um embargo às importações de petróleo, gás e carvão russos em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia. Joe Biden admitiu que os Estados Unidos podem fazê-lo, ao contrário de “alguns aliados europeus”, mas avisou que “defender a liberdade tem custos”.
Numa intervenção na Casa Branca, Joe Biden disse que esta suspensão, que foi decidida “em estreita coordenação” com os aliados, “significa que o petróleo russo não será aceite nos portos dos Estados Unidos”.
“Nós podemos tomar esta decisão, enquanto outros não”, explicou Biden, lembrando que os EUA são exportadores líquidos, ou seja, produzem mais petróleo e gás do que consomem, mas continuam “a trabalhar em estreita colaboração com a Europa (…) para desenvolver uma estratégia de longo prazo para reduzir a sua dependência da energia russa”.
O petróleo russo representa apenas 8% das importações norte-americanas e 4% do consumo de produtos petrolíferos nos Estados Unidos.
“Os EUA estão a aplicar [à Rússia] o pacote de sanções mais severo da história” porque “não podemos tolerar as políticas de Putin” que “pode ser capaz de tomar uma cidade, mas nunca será capaz de tomar um país”.
“Não ajudaremos a subsidiar a guerra de Putin”, afirmou.
Mas avisou, “defender a liberdade tem custos”, nomeadamente nos preços. Ainda assim, Biden prometeu “fazer tudo para minimizar” o impacto na vida dos norte-americanos destas novas sanções à Rússia.
Neste sentido, anunciou que vai libertar 60 milhões de barris das reservas conjuntas de petróleo, dos quais 30 milhões são provenientes dos EUA.
Joe Biden terminou a sua intervenção pedindo ao Congresso que aprove um pacote de assistência financeira e militar de 12 mil milhões de dólares à Ucrânia e deixando outro aviso: “Putin parece determinado em prosseguir o seu caminho, não importa a que custo“.
“Continuaremos a apoiar o corajoso povo ucraniano que está a lutar pelo seu país“, garantiu.
Este apoio à Ucrânia tem obtido uma rara unanimidade política no Congresso, com as autoridades eleitas de ambos os lados a instarem Joe Biden a aumentar a pressão sobre Moscovo.
De referir também que, a Europa, por enquanto, recusou decretar um embargo às importações russas, que dão resposta a 40% das suas necessidades em termos de gás natural e a 30% das de petróleo.
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