Guerra Rússia-Ucrânia

Jornalistas russos publicam artigos antiguerra num dos maiores sites pró-Kremlin

Publicações acusavam Vladimir Putin de ser um ditador paranóico lamentável.

Jornalistas russos publicam artigos antiguerra num dos maiores sites pró-Kremlin

Dois jornalistas russos publicaram mais de 40 artigos antiguerra num dos maiores sites pró-Kremlin – o “Lenta

As publicações acusavam Vladimir Putin de ser um ditador paranoico lamentável e referiam que há milhares de pessoas a morrer na Ucrânia.

Os artigos foram publicados esta segunda-feira de manhã, enquanto a Rússia assinalava o Dia da Vitória com uma cerimónia na Praça Vermelha, onde Vladimir Putin discursou.

Os artigos tinham títulos como, por exemplo, “Putin mentiu sobre os planos da Rússia na Ucrânia” e “O exército russo acabou por ser um exército de ladrões”. Foram entretanto retirados do site, mas estão disponíveis através da ferramenta de arquivo da internet.

A direção do Lenta justificou a publicação com um ataque informático, algo que os dois jornalistas negam. Vão ser agora chamados para prestar declarações e, no mínimo, pagarão uma multa.

O Presidente russo não declarou formalmente guerra à Ucrânia, nem ordenou qualquer mobilização geral das tropas russas, como previam alguns analistas.

Putin optou por enaltecer o patriotismo dos soldados que lutam na Ucrânia e acusar o Ocidente de estar a preparar-se para invadir a Crimeia. O líder russo disse que não tinha alternativa à operação militar na Ucrânia e classificou-a de ataque preventivo.

Traçou ainda paralelos entre a luta do Exército Vermelho contra as tropas nazis e a ação das forças russas na Ucrânia e afirmou que a campanha na Ucrânia foi um movimento oportuno e necessário para evitar uma potencial agressão.

Já Volodymyr Zelensky reconheceu esta segunda-feira que o “caminho está a ser difícil”, mas mostrou-se confiante no “triunfo”. Acusou a Rússia de estar a repetir os erros de Hitler e chamou “louco” a Putin.

Na mesma mensagem, Zelensky disse ainda que o território ucraniano já viveu muitas guerras mas que nenhum inimigo conseguiu “ficar”, sublinhando que “não há nenhum invasor que possa governar o povo livre da Ucrânia”.

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