Viktor Orbán venceu novamente as eleições legislativas da Hungria, com cerca de 55% dos votos e vai cumprir o quarto mandato como primeiro-ministro. No discurso para apoiantes, criticou Bruxelas, o Presidente ucraniano e disse que esta é uma vitória tão grande que pode ser vista da Lua.
Depois de 12 anos consecutivos no poder, Viktor Orbán foi reeleito. O nacionalista conservador renova o mandato e deixa um recado à comissão europeia, com quem tem mantido um braço de ferro por causa de reformas nacionalistas.
A invasão da Ucrânia marcou a campanha, com Orban a insistir que a Hungria se vai manter fora da guerra.
Apesar de ter condenado a invasão russa e de ter aberto a porta a refugiados, o primeiro-ministro húngaro mantém boas relações comerciais com o regime de Vladimir Putin.
No discurso perante uma multidão em Budapeste, defendeu que esta é uma vitória da política conservadora e patriótica contra todos, incluindo o Presidente ucraniano, que tem criticado a Hungria, por não permitir a passagem de armamento.
A oposição, que pela primeira vez na história do país se uniu e concentrou seis partidos num só candidato, obteve 35% dois votos e falhou o objetivo de afastar Viktor Orbán do poder.
No domingo, mais de oito milhões de húngaros foram chamados às assembleias de voto. A abstenção rondou os 30%.
A vitória de Viktor Orbán foi saudada pela extrema-direita francesa, italiana e espanhola. Aos 58 anos, o nacionalista conservador some a segue para mais um mandato à frente dos destinos da Hungria.