A cidade portuária tem sido uma das mais fustigadas durante a invasão russa da Ucrânia. Ao fim de cinco semanas de guerra, Mariupol parece uma cidade fantasma, o rasto de destruição é impressionante. Apenas 10% dos edifícios terá resistido à ofensiva russa. No meio das ruínas estão ainda cerca de 160 mil habitantes, mas muitos recusam sair da sua cidade.
Mariupol situa-se na costa do mar interior de Azov, localizada entre a península da Crimeia (anexada pela Rússia em 2014) e o leste separatista de Donbass, pelo que a sua conquista é um objetivo prioritário das tropas russas.
Na cidade não se vive, quem ficou sobrevive com escassez de bens essenciais, como água e alimentos. Para esta sexta-feira, dia 1 de abril, chegou a estar prevista a retirada de civis de Mariupol, mas foi entretanto suspensa por falta de condições de segurança.
“Ainda há muitas coisas em movimento e nem todos os detalhes garantem em definitivo [que a retirada] aconteça com segurança”, avançou o porta-voz do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em Genebra, Ewan Watson.
Neste momento, o CICV não tem condições nem para retirar cidadãos nem para fazer chegar ajuda à cidade, embora os autocarros de ajuda permaneçam pré-posicionados e prontos para se dirigirem rumo a Mariupol, assim que a autorização for dada.
Acompanhe aqui a situação na Ucrânia
Saiba mais
- Cruz Vermelha mantém intenção de retirar civis de Mariupol apesar do atraso na operação
- Moscovo aponta segundo ataque ucraniano em solo russo
- China culpa Estados Unidos e expansão da NATO pela guerra
- Moscovo avisa Kiev: alegado ataque contra depósito de combustível em Belgorod vai pesar nas negociações
- Kiev não confirma nem desmente ataque a depósito de combustível na cidade russa de Belgorod
- Europol destaca equipas para fronteiras com Ucrânia para travar criminosos e “terroristas”