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Massacre no Texas: aberto inquérito à atuação da polícia

As autoridades e a polícia local têm recebido inúmeras críticas pela forma como geriram o massacre.

Massacre no Texas: aberto inquérito à atuação da polícia

Nos Estados Unidos aumentam as críticas à forma como a polícia geriu o massacre de terça-feira, no Texas, onde morreram 19 crianças e dois adultos. As autoridades já abriram um inquérito para averiguar se as operações poderiam ter sido mais rápidas e se a tragédia podia ter sido evitada.

Ao contrário do que tinha sido dito inicialmente, ninguém deteve o atirador que, na terça-feira, matou 19 crianças e dois adultos, numa escola primária do Texas. Nem a porta da escola estava, sequer, trancada. As autoridades e a polícia local têm recebido inúmeras críticas pela forma como geriram o massacre e o tempo que demoraram até abaterem o atirador.

Salvador Ramos esteve uma hora dentro da escola. Houve trocas de tiros com a polícia e negociações com as autoridades, que obviamente falharam. Acabou por ser abatido por um dos agentes que entraram na sala onde estava barricado.

Já foi aberto um inquérito para apurar exatamente o que aconteceu e se teria sido possível impedir Salvador Ramos de matar 21 pessoas e ferir outras 17, sobretudo crianças.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai a Uvalde, no próximo domingo, prestar homenagem às vítimas e encontrar-se com os familiares. E entretanto, milhares de pessoas, entre elas Meghan Markle, têm depositado flores no memorial junto à escola primária e participado nas muitas vigílias que se têm realizado no Texas e no resto do país.

Numa delas marcou presença Ted Cruz, o senador Republicano eleito pelo Texas, que voltou a não aceitar associar o ataque à lei da posse de armas. É um dos muitos políticos norte-americanos que, a par do antigo presidente Donald Trump, vão participar na convenção anual da NRA, a associação que representa um dos maiores lobbies dos EUA – os fabricantes e vendedores de armas.

Nos Estados Unidos, os tiroteios são um flagelo recorrente que os sucessivos governos norte-americanos até agora não conseguiram conter, incapazes de adotar qualquer lei nacional ambiciosa sobre o assunto, em particular devido ao poder dos lobbies pró-armas.

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