O Governo israelita recusou a nova proposta para um cessar-fogo em Gaza. O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, diz que a proposta do Hamas é irrealista e assegura que as forças de Israel vão avançar para uma ofensiva no sul de Gaza.
Apesar do primeiro-ministro israelita ter recusado a proposta de cessar-fogo para Gaza, Telavive mantém-se nas negociações que decorrem no Qatar.
A proposta do Hamas, que numa primeira fase permitiria a libertação de todas as mulheres, crianças, idosos e reféns que estão doentes, pressupõe também um cessar-fogo permanente e a retirada total das forças israelitas de Gaza.
O primeiro-ministro de Israel diz que a proposta é irrealista e assegura que as forças israelitas estão prontas para uma ofensiva em Rafah.
O chefe da diplomacia dos Estados Unidas mostra-se preocupado com este novo desenvolvimento.
“O Presidente Biden foi muito claro ao afirmar que, dado o grande número de civis em Rafah, cerca de 1,4 milhões, muitos dos quais, como disse o Ministro dos Negócios Estrangeiros, foram deslocados de outras partes de Gaza, temos de ver um plano claro e exequível, não só para tirar os civis do perigo, mas também para garantir que, uma vez fora do perigo, são devidamente tratados com abrigo, alimentos, medicamentos e vestuário, e ainda não vimos esse plano”, afirmou Antony Blinken.
De Washington chegam outros sinais de que os Estados Unidos estão mais distantes da liderança israelita. Neste discurso, o líder democrata no Congresso acusou o primeiro-ministro de Israel de ser um obstáculo para a paz.
“O primeiro-ministro Netanyahu perdeu o rumo ao permitir que a sua sobrevivência política tenha precedência sobre os melhores interesses de Israel. Coligou-se com extremistas de extrema-direita, como os ministros Smotrich e Ben-Gvir”, afirmou o líder democrata do Senado norte-americano.
Joe Biden comentou o discurso de Chuck Schumer que considerou bom e refletir a preocupação de muitos americanos.
Em Gaza, agravam-se as condições de sobrevivências e fome alastra, sobretudo no norte do território.
Esta sexta-feira ficou no entanto marcada pela chegada do primeiro navio de ajuda humanitária, e enquanto não há um acordo para cessar-fogo, este corredor marítimo poderá ser vital para milhares de pessoas.