Milhares de palestinianos prestaram, esta quinta-feira, homenagem à jornalista da Al Jazeera que foi morta a tiro na Cisjordânia. A autoridade palestiniana continua a culpar as forças israelitas e, por isso, rejeita fazer uma investigação conjunta. O Governo português já condenou a morte da jornalista.
As flores e a bandeira da palestina ajudam a cobrir as marcas dos disparos.
Israel voltou atrás e deixou de acusar terroristas palestinianos pela morte da jornalista. Opta agora por dizer que a investigação está em curso.
Mas pouca dúvida tem quem estava em Jenin no momento dos disparos, igualmente vestido com um colete de imprensa.
O corpo de Shireen foi levado pelos guardas de honra desde o hospital até ao Palácio Presidencial em Ramallah.
O presidente da autoridade palestiniana lembrou a jornalista como uma mártir da Palestina, de Jerusalém e da verdade. E, por isso, recusa totalmente uma investigação conjunta com Israel. Pede até que seja o tribunal penal internacional a fazê-lo.
A morte de Shireen Abu Akleh, de 51 anos, já provocou confrontos entre manifestantes e o exército israelita em Jerusalém e noutras cidades de Israel e dos territórios ocupados.
Era das mais conceituadas correspondentes da Al Jazeera. Tinha dupla nacionalidade: palestiniana e norte-americana.
Os EUA, a União Europeia e as Nações Unidas já pediram uma investigação independente.
O governo português condenou o assassinato.
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