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Myanmar: EUA e ONU criticam sentença contra líder birmanesa e pedem a libertação

Aung San Suu Kyi ainda enfrenta uma acusação de violação da Lei de Segredos Oficiais, que lhe custará até 14 anos de prisão.

Myanmar: EUA e ONU criticam sentença contra líder birmanesa e pedem a libertação

Os Estados Unidos denunciaram esta segunda-feira uma nova condenação, que consideram “injusta”, da ex-líder birmanesa Aung San Suu Kyi a uma sentença de quatro anos de cadeia e, tal como a ONU, pediram a sua “libertação imediata”.

“A detenção, acusação e condenação injustas de Aung San Suu Kyi pelo regime militar birmanês é uma afronta à justiça e ao Estado de Direito”, disse o porta-voz da diplomacia norte-americana Ned Price, em declarações aos jornalistas, pedindo a sua libertação.

Também a ONU pediu esta segunda-feira a libertação imediata de Suu Kyi, condenada por um tribunal a quatro anos de prisão, além dos outros dois que já estão a cumprir, no âmbito do processo judicial instaurado contra ela após o golpe de Estado de fevereiro, que levou a junta militar ao poder.

“Claramente, este não é um passo na direção certa”, disse o porta-voz das Nações Unidas, Stéphane Dujarric, comentando a sentença contra Suu Kyi, considerada culpada de importação ilegal de aparelhos de telecomunicações e de violação das leis implementadas contra a pandemia.

Dujarric disse que a ONU continua a exigir a libertação de “todos aqueles que foram detidos arbitrariamente, incluindo Aung San Suu Kyi” e muitos outros presos políticos detidos após o golpe de Estado.

Para além das condenações que foram conhecidas esta segunda-feira, Suu Kyi – que está detida desde o golpe militar e cumpre pena em local desconhecido – ainda enfrenta uma acusação de violação da Lei de Segredos Oficiais, que pode custar-lhe até 14 anos de prisão, e outras seis acusações de corrupção, puníveis com até 15 anos cada.

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