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“Não estou de férias”: Bolsonaro nega uso político do internamento

O presidente do Brasil saiu esta manhã de quarta-feira do Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde esteve internado devido a uma obstrução intestinal, desde o início da semana.

“Não estou de férias”: Bolsonaro nega uso político do internamento

Jair Bolsonaro negou, nesta quarta-feira, o uso político do seu estado de saúde e defendeu os dias de descanso que teve antes de ser internado.

“Fizemos coisas fantásticas ao longo destes dias que dificilmente outro governo faria. O presidente não tem férias. É maldoso quem fala que eu estou de férias”, afirmou Bolsonaro, após receber alta hospitalar.

O presidente do Brasil interrompeu os dias de folga em Santa Catarina depois de sentir dores abdominais. O problema no intestino é consequência da facada sofrida pelo então candidato em 2018.

Em entrevista ao Folha de São Paulo, após a alta, Bolsonaro disse que não se pode falar em vitimização ou em falsa facada. O presidente do Brasil foi alvo de críticas ao divulgar imagens na cama de hospital e ao relembrar o atentado em 2018.

Questionado sobre o efeito político e eleitoral do internamento, Bolsonaro afirmou que a pergunta era uma agressão ao cirurgião Antônio Luiz Macedo, que trata o presidente desde a facada, e aos restantes médicos.

“Efeito político? Eu não queria estar aqui. Estava previsto na terça-feira voltar a Brasília. (…) Estou a vitimizar-me? Está a brincar comigo”, completou Bolsonaro.

O internamento acontece depois do presidente brasileiro ser alvo de críticas por não ter interrompido as suas férias, perante as cheias que ocorreram no estado da Bahia.

Os opositores de esquerda apelidaram o internamento como oportuno, mas, por outro lado, os apoiantes de Bolsonaro recordaram o episódio da facada, situação que foi a base da sua campanha eleitoral.

A 14 de julho do ano passado, Jair Bolsonaro foi internado pela primeira vez com uma obstrução no intestino, numa altura em que era criticado devido às políticas impostas para conter a pandemia por Covid-19.

Durante o primeiro internamento, a situação médica foi explorada por Bolsonaro e pelos seus filhos nas redes sociais, o que voltou a aumentar a popularidade digital do presidente do Brasil.

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